91% das pessoas perdem dinheiro ao comprar carro ou imóvel: entenda os erros e como evitar prejuízos
A decisão que parece certa, até virar um problema dentro de casa! Entenda por que escolhas mal orientadas em grandes aquisições, como imóveis e carros, são uma das principais causas de desequilíbrio financeiro familiar.
Carlos Gomes - Assessor de investimentos


Você pesquisa, compara, visita, pergunta, escuta o corretor, confia na proposta... e assina.
A sensação é de missão cumprida. Mas, em muitos casos, é só o começo de um desgaste silencioso que vai se acumulando no orçamento, nas conversas dentro de casa e nos planos que precisam ser adiados ou cancelados.
Acontece mais do que parece: a compra parece boa no início. Até que algumas contas não batem. Algumas promessas não se cumprem. E o que era sonho se transforma em fardo.
Onde, afinal, está o erro?
Em boa parte dos casos, o problema começa com uma escolha precipitada, não da compra em si, mas da forma como ela é feita.
Cada modelo de aquisição do bem tem vantagens e riscos. Mas poucos param para comparar de verdade.
E aí entra um segundo erro: confiar cegamente na orientação de quem vende.
Corretor, gerente, consultor de consórcio, todos têm metas e produtos específicos. Não é que estejam mal-intencionados, mas estão do lado da venda. E não ao seu lado.
O correto é começar com uma análise completa e personalizada para cada caso. Antes de decidir qualquer coisa, é fundamental entender qual caminho realmente faz sentido para o seu perfil, considerando todos os aspectos da sua vida: sua realidade financeira, o momento que você está vivendo, seus planos de médio e longo prazo.
Só depois disso é que se define se vale a pena comprar e, principalmente, qual a forma mais estratégica de fazer isso sem comprometer seu futuro.
Porque a vida não para. E quem ignora os detalhes hoje pode pagar caro lá na frente.
Essas análises não estão no tour pelo decorado ou na conversa simpática com o gerente do banco. Estão numa avaliação fria, técnica e isenta, feita por quem está apenas alinhado com o seu benefício.
E é justamente aí que muitos tropeçam: ao não se cercar de uma visão externa e imparcial, que ajude a enxergar o que está por trás da empolgação do momento.
Uma escolha errada pode deixar marcas profundas.
A escolha da forma pode ser mais importante do que a escolha do bem
Segundo dados do Serasa, o Brasil ultrapassou 72 milhões de inadimplentes em 2024, recorde histórico. No mercado imobiliário, mais de 280 mil imóveis foram a leilão por inadimplência só no último ano.
Boa parte dessas decisões foi tomada com base em boas intenções, mas pouca estratégia.
Antes de fechar negócio, feche um plano
Quer comprar bem? Então, primeiro, compre a ideia de que sua decisão precisa ser construída, não empurrada. Famílias inteiras desorganizam anos de planejamento por conta de uma aquisição mal feita. Não por irresponsabilidade, mas por confiar demais em quem está no lado da venda e não ao seu lado.
Antes de assinar qualquer contrato, consulte um especialista isento que analise todas as formas de aquisição disponíveis. Pode ser esse o passo que vai transformar uma despesa futura em um verdadeiro ganho patrimonial.

